segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Lula e o uso da máquina oficial


Passada a eleição é hora de fazer um balanço, longe das emoções e paixões sobre a sucessão presidencial que acabamos de vivenciar.

Como gosta de dizer o Presidente da República, nunca antes na história deste país se viu um uso tão grande de todo o aparato de Estado para favorecer a uma candidatura.

Foi fartamente anunciado que as agendas dos Ministros de Estado coincidiram com os atos de campanha presidencial. O Presidente afirmou que tinha expediente de trabalho. Vamos ficar só nesta afirmação.

Ora, se o Presidente tem horário de expediente, significa dizer que quando não está trabalhando não é Presidente. Então, não deve permanecer no Palácio Alvorada, que é a residência oficial do Presidente da República. Se ele fora do expediente não é Presidente, então, na hora de se recolher ao sono, também não o é.

O que presenciamos foi um uso indevido da máquina do Estado para favorecer a uma candidatura. O Presidente da República afirmou que sua prioridade era eleger a sua candidata. Isto significa dizer que o país foi abandonado, foi relegado a segundo plano, para atingir a um objetivo pessoal. Uma vaidade.

Durante a campanha o Presidente da Repúbica desrespeitou inpumeras vezes a legislação eleitoral e ainda zombou da população, afirmando que nós pagaríamos pelas suas multas.

O resultado é a fragilidade da Democracia em nosso país. Basta lembrar o processo eleitoral de 2002. Em nenhum momento se viu o então Presidente da República utilizar de todo o aparato oficial para eleger o candidato de seu partido.

Mas, as urnas falaram mais alto e mostraram que a popularidade do atual Presidente não é transferidora de votos como ele mesmo imaginava. Houve um segundo turno, que foi um recado explícito dos eleitores de que não são massa de manobra, a exceção daqueles mantidos pelos programas que visam, mais do que transferir renda, garantir votos nas eleições.

Lamentavelmente, os Programas Sociais não estão mudando a condição de vida dos menos favorecidos, ao contrário, visam mantê-los na mesma condição de hipossuficientes, sem acesso à educação.

O Brasil está entre os piores índices de avaliação em relaçao à qualidade da Educação Pública oferecida.

Agora, é esperar para ver!

foto sem crédito