quinta-feira, 13 de setembro de 2007

Carta aberta aos Senadores do PT

Com muito pesar observo as ações do Partido dos Trabalhadores diante da RAPINA que se desenvolve, a passos largos, neste nosso país de tantos excluídos.

Com muito pesar observo que os últimos baluartes da ética, como assim se identificavam os membros do PT, sucumbiram às benesses do Poder.

Já dizia o grande Lincoln: "se queres provar o caráter de um homem, dê-lhe Poder", ou ainda, "podes enganar todo mundo por algum tempo, podes enganar a alguns todo o tempo, mas não podes enganar a todos todo o tempo".

Sábias frases de um verdadeiro Democrata, de um homem que viveu para o ideal de liberdade. Incrível que a história política contemporânea está parada no Século XX e pior, até a década de 80 deste século, pois o que veio depois foi uma enxurrada de escândalos e de boicote à República, perpetrado por aqueles que imaginam que o Poder Público serve, tão somente, para encher os seus bolsos com dinheiro.

Dinheiro que deveria ser gasto com saúde, educação, habitação, transporte etc. Parece que estou falando de uma plataforma política de um partido que surgiu no final do período da Ditadura Militar e que levou trinta anos para chegar ao Poder e uma vez lá, sofreu de uma amnésia, ou talvez, quem sabe, seus membros sofram do Mal de Alzheimer. De toda forma, um partido, hoje, doente e incapaz de fazer a autocrítica e corrigir seu rumo.

Sim, doente, porque seus membros ficaram doentes pelo Poder. Quem algum dia imaginaria que o aliado de primeira hora do Fernando Collor de Melo seria, hoje, o blindado pelo partido que liderou o movimento de impedimento deste mesmo Collor. Como diz alguém, coisas da política.

Eu digo, coisas da política, com letra minúscula. Coisas da política daqueles que nada conhecem de política, que jamais leram Platão, Aristóteles, Marx, Bakunin, para dar alguns exemplos de Teoria Política, de Política (com letra maiúscula), não esta politicagem rasteira que tomou conta do país, e pior, do PT (Partido dos Traidores).

E aí, temos o brado do Lula de que ninguém neste país pode falar mais de ética do que o PT. Por favor, menos, menos, muito menos, quase nada (como diz o povo).

A Ética (com maiúscula) não é, hoje, uma máxima do PT, que se rendeu à política dos coronéis que tanto combateu, mas quando era pedra, hoje é telhado de vidro.

Quem pode falar de ética com dinheiro nas cuecas? Se vocês se esqueceram, nós não. Continuem mantendo, à mingua, os incautos nordestinos, com esta migalha de Bolsa Família. Continuem mantendo, à mingua, os incautos nordestinos, sem dar-lhes escola para que se informem e formem uma consciência crítica, pois, se isto ocorrer, com certeza, perderão os preciosos votos que alçaram o Lula ao segundo mandato. Falo como uma ex-eleitora dele. Não repeti a burrice e jamais repetirei. Mas, com certeza, vocês nem se importam, porque as vantagens do Poder que usufruem são muito boas para ficarem preocupados com estas pequenices de Ética e Moral (coisas de classe média, vocês, agora, são elite). Sim, são a elite que o Lula faz questão de atacar, mas a quem beneficia diariamente com seu governo (governo com minúscula mesmo).

Então ficamos combinados assim. Podem roubar à vontade, TODOS. Aí justificam que as despesas foram pagas com dinheiro "próprio" (que é aquele que é pago a título de indenização por despesas pagas, portanto, não é remuneração e não pode ser incorporado como se salário fosse). Tá limpo, desde que aumentem, ainda, sem concurso público, os funcionários públicos que serão obrigados a se filiar ao PT, se já não o forem, e aí o partido consegue pagar sua dívida com o dízimo que entrará destes novos servidores que, com certeza, pagarão felizes, enquanto professores ganham menos de 10% do salário de vocês Senadores da ex-República.

Vamos ficar por aqui, porque o Rosário é longo e não temos mais tempo.

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