sábado, 29 de dezembro de 2007

Benazir Bhutto


sexta-feira, 28 de dezembro de 2007

Vamos aprender com a história 1 - não somos um país negro

O mundo assistiu, perplexo, à morte de Benazir Bhutto, ex-primeira ministra do Paquistão que foi morta, não se sabe por quem, mas, tem-se um sem número de suspeitos. Mas, entre todos os suspeitos, há uma coisa comum - o ódio religioso.

Há algum tempo estamos querendo escrever sobre mais um aspecto da cidadania - a nossa origem, quem somos e o que queremos como Nação. Isto é o que a cidadania busca - o bem-comum de todos.

Agora vamos falar de um aspecto muito polêmico de nossa cidadania - de quem somos - que, atualmente, vem se transformando numa guerra - não mais velada - entre algumas etnias que compõem a formação étnica brasileira. Falamos expressamente - para não pairar qualquer dúvida - de alguns movimentos negros de nosso país.

Que há racismo no Brasil não se discute. Que os negros devem ocupar um lugar mais digno na sociedade não se discute etc. e tal.

O que se discute é o meio pelo qual certos movimentos pretendem elevar a condição dos negros no país e este meio vem sendo utilizado através da manipulação de dados estatísticos, fazendo crer uma realidade que não existe.

Não somos um país negro - como querem fazer crer.

Somos um país miscigenado entre índios - que TODOS SE ESQUECEM - europeus, negros e asiáticos. Portanto, não somos negros - somos pardos e qualquer outra coisa que queiram, menos negros. Isto seria reduzir, e em muito, a riqueza de nossa formação étnica e cultural - o que nos torna uma país muito rico.

Como diz nossa amiga Nazaré, matamos a cobra e mostramos o pau. Então, vamos às estatísticas do IBGE (que até o momento serviram de base para tudo e não foram questionadas em sua similitude com a verdade).

Dados da PNAD de 2006 revelam que:
Somos um total de 184.388.620 habitantes, dos quais
49,9% são brancos;
6,3% são negros;
43,2% são pardos e
0,7% são amarelos e indígenas.

Portanto, NÃO SOMOS UM PAÍS NEGRO COMO QUEREM FAZER CRER. SOMOS UM PAÍS MISCIGENADO E DEVEMOS NOS ORGULHAR DISTO.

Em relação ao número de anos de estudo, a mesma pesquisa revelou que AS PESSOAS COM 15 ANOS OU MAIS SÃO ASSIM REPRESENTADAS:

total de brasileiros têm em média 7,0 anos de estudo, dentre os quais temos

brancos = 7,9;
negros = 6,2;
pardos = 6,0.

Destacamos apenas estes dois dados para mostrar que não podemos construir uma cidadania e, consequentemente, iniciar políticas públicas, baseadas em dados que diferem da realidade. Encontramos os pardos - que são a mistura de tudo o que temos aqui em nosso país e não apenas a mistura de negros e brancos, como querem alguns - os mais necessitados e mais desfavorecidos em nossa sociedade, ao contrário dos negros como dizem e querem fazer crer à população.

Portanto, o que queremos, neste blog e em toda a nossa sociedade, é o desenvolvimento do país e de todos os que o compõem. Queremos a nossa identidade como ela é - miscigenada. Isto é o que nos faz ricos.

Assim sendo, não vamos cair nas esparrelas de estatísticas apontadas por certos grupos que somam os negros e os pardos para favorecer apenas a alguns e abandonar os pardos, que não são negros, são a mistura, reiterando. O mais grave é que as estatísticas misturam negros e pardos em todos os demais itens como nível de ensino (médio etc.) e ignoram os índios e os amarelos. Assim, temos números desconexos da realidade, mas, houve um mínimo de critério para não deixar de conhecer a nossa realidade e na totalização da população podemos extrair o percentual de negros e pardos, e aí temos que os pardos são em número muito maior do que os negros - destacamos que esta PNAD já foi realizada a partir da auto-identificação.

Portanto, vamos aprender com a história e não vamos criar em nosso país um ódio racial que nada constrói.

domingo, 16 de dezembro de 2007

100 anos de Oscar Niemeyer

O arquiteto Oscar Niemeyer, que completou cem anos neste sábado (15), é um apaixonado pelo Brasil. Conhecido por projetar obras de concreto armado, criou prédios que poderiam ser considerados esculturas, entre eles, os prédios da capital federal, Brasília.
Niemeyer é um apaixonado pelo trabalho e desenhar é a sua vida, de acordo com parentes e amigos próximos. As curvas das montanhas brasileiras e das ondas do mar são imagens que o inspiram. Certa vez, ele disse:"Se a reta é o caminho mais curto entre dois pontos, a curva é o que faz o concreto buscar o infinito”.

Ainda jovem, Niemeyer foi discípulo do arquiteto francês Le Corbusier, um dos mais importantes do ramo. Seu talento impressionou o mestre e, anos mais tarde, Niemeyer ganhou o mundo com projetos ousados e revolucionários. Itália, França, Argélia e até a Organização das Nações Unidas (ONU) conheceram os traços desse brasileiro.Suas idéias revolucionaram a arquitetura e ainda hoje geram polêmica. Segundo Niemeyer, a arquitetura não tem que ser funcional, mas bela. E assim ele fez.“Faço arquitetura que me agrada, uma arquitetura ligada às minhas raízes e ao meu país”, disse Niemeyer no livro de frases “Traço, palavra, forma”.

Ele começou a fazer nome em Minas Gerais. Projetou igrejas, prédios, escolas. Essa primeira série de obras começou a dar uma cara mais urbana e moderna ao Brasil e marcou, também, sua parceria com o amigo e então governador Juscelino Kubistchek.

A amizade se concretizou numa cidade inteira: Brasília. Com traços ousados, o filho do modernismo que adotou o concreto armado para criar a capital do país, criou o Itamaraty, o Alvorada, o Congresso, a Catedral, a Praça dos Três Poderes, entre outros prédios e monumentos. E fez história.

Congresso Nacional -Brasília - Brasil
“Nós começávamos a imaginar quando é que Brasília iria surgir. De repente, aparecia uma mancha azul no horizonte. Ela ia crescendo. Depois apareciam os contornos e começávamos a dizer: ali é o Teatro, lá é o Congresso, a Torre. Brasília surgia como num passe de mágica, um milagre”, contou.

Comunismo

O reconhecimento mundial, no entanto, não fez Niemeyer ficar deslumbrado. Conhecido pela sua simplicidade, nem mesmo os anos 60 e a ditadura militar fizeram com que ele desistisse de suas convicções comunistas. Até hoje ele gosta de falar sobre o assunto.

A generosidade é outra característica do arquiteto. Numa ocasião, ao descobrir que o líder comunista Luis Carlos Prestes não tinha onde morar, comprou um apartamento para ele e cedeu seu próprio escritório para o amigo trabalhar. Com tudo dentro. É o jeito Niemeyer de ser: trabalhar para ganhar dinheiro e compartilhar tudo com amigos e familiares.

Museu Oscar Niemeyer
Apesar de tanto sucesso - recebeu todos os prêmios imagináveis, incluindo o prestigioso Pritzker em 1998 e a Ordem do Mérito Cultural este ano - Oscar Niemeyer é um homem modesto. Para os íntimos, ele confessa que não consegue entender a razão de tanta reverência. “Trabalhei muito, fiz meu trabalho na prancheta, como um homem comum...”, insiste.

Atualmente, o arquiteto se dedica integralmente ao projeto de um Centro Cultural na Espanha e vistoria as obras do caminho Niemeyer, em Niterói, região metropolitana do Rio. Depois ele pretende trabalhar no projeto de um outro centro cultural. Desta vez, no Chile.

Outras paixões

Mas não é somente a arquitetura que chama a atenção de Oscar. Futebol, mais especificamente o Fluminense, é tema de debates calorosos entre ele e seus amigos nos finais de tarde do seu escritório em Copacabana, na Zona Sul. O arquiteto chegou a jogar no time juvenil do clube de Laranjeiras.A paixão do arquiteto pelas curvas é outro assunto que ele gosta de falar. Principalmente sobre seu sentimento e admiração pelas formas femininas. “Não é o ângulo reto que me atrai. Nem a linha reta, dura, inflexível criada pelo homem. O que me atrai é a curva livre e sensual. A curva que encontro nas montanhas do meu país. No curso sinuoso dos sentidos, nas nuvens do céu. No corpo da mulher preferida. De curvas é feito todo o universo”, explica o mestre.

Catedral de Brasília - Brasil

fonte: gazeta do povo
fotos: sem crédito

sábado, 8 de dezembro de 2007

27 anos sem John Lennon



"If someone thinks that love and peace is a cliché that must have been left behind in the Sixties, that's his problem. Love and peace are eternal". John Lennon
fotos: sem crédito

terça-feira, 4 de dezembro de 2007

Heloneida Studart - uma grande perda

Heloneida e seu filho

O Brasil perdeu, ontem, uma das grandes mulheres que já existiram em nossa história. Heloneida Studart era jornalista, escritora, feminista histórica e deputada estadual.
Teve uma grande atuação no processo de re-democratização do país, tendo sido, inclusive presa no período da Ditadura Militar.
Na luta pela igualdade de direitos e justiça social, Heloneida notabilizou-se, entre outras coisas, ao escrever o livro "Mulher, objeto de cama e mesa", que vendeu 280 mil cópias e está na 27ª edição, tornando-se leitura obrigatória para todos que quisessem se aventurar por entender a condição feminina, no Brasil, nos anos 80.
Heloneida foi uma das fundadoras do Centro da Mulher Brasileira, primeira organização feminista no país, depois da Federação Brasileira para o Progresso Feminino, fundada por Bertha Lutz, em 1922. Fundou, também, nos anos 80, o Centro Estadual de Direitos da Mulher, junto com outras mulheres integrantes do movimento feminista dos anos 70.
O espírito público de Heloneida foi reconhecido por muitos no Brasil e no exterior. Foi escolhida como uma das 100 mulheres mais importantes do século XX, no livro Mulheres brasileiras e foi uma das 52 brasileiras, entre as 1000 mulheres indicadas para receber o Prêmio Nobel da Paz.
O Brasil perdeu uma grande brasileira.

sexta-feira, 30 de novembro de 2007

Dia do Estatuto da Terra

Hoje é o dia do Estatuto da Terra

"Em vez de dividir a propriedade, o capitalismo impulsionado pelo regime militar brasileiro (1964-1984) promoveu a modernização do latifúndio, por meio do crédito rural fortemente subsidiado e abundante.
O dinheiro farto e barato, aliado ao estímulo à cultura da soja - para gerar grandes excedentes exportáveis - propiciou a incorporação das pequenas propriedades rurais pelas médias e grandes: a soja exigia maiores propriedades e o crédito facilitava a aquisição de terra. Assim, quanto mais terra tivesse o proprietário, mais crédito recebia e mais terra podia comprar.
Nesse período, toda a economia brasileira cresceu com vigor - eram os tempos do milagre brasileiro -, o país urbanizou-se e industrializou-se em alta velocidade, sem ter que democratizar a posse da terra, nem precisar do mercado interno rural. O projeto de reforma agrária foi esquecido e a herança da concentração da terra e da renda permaneceu intocada. O Brasil chega às portas do século 21 sem ter resolvido um problema com raízes no século 16.

Para alguns, a reivindicação da reforma agrária seria hoje um anacronismo, diante da pujança da agricultura moderna. No entanto, afirmar que a agricultura brasileira foi transformada ao ponto de prescindir da reforma agrária só se justifica para aqueles que se filiam direta à matriz conservadora, da modernização do latifúndio.

Uma agricultura moderna é, antes de tudo, aquela que resolve a questão da propriedade da terra do ponto de vista da sociedade moderna, isto é, aquela que põe a propriedade a serviço da produção. E é isto justamente o que faltou completar na chamada modernização conservadora da agricultura brasileira, que manteve, em seus fundamentos, a estrutura fundiária herdada dos tempos coloniais.

No Brasil, a modernização foi feita sob o comando da terra, isto é, foi feita pelos e para os proprietários fundiários, gerando uma tensão entre a propriedade e a produção que afeta a profundidade da própria modernização. "
Monumento aos 19 trabalhadores sem-terra mortos após confronto com a Polícia Militar em abril de 1996 no Pará (reporterbrasil.org.br - Foto: Leonardo Sakamoto)

"O Estatuto da Terra, expressão do pacto social entre o estado e os grandes proprietários de terra, revelou uma enorme tolerância no que se refere às firmas e ao ritmo de modernização do setor e aos compromissos sociais que este deveria assumir. Segundo os dados do INCRA, em 1932, 30 anos após a promulgação do Estatuto da Terra, a área dos latifúndios corresponde a 66,5% da área total dos imóveis e apenas ll% dos imóveis rurais são classificados como empresa rural.

Além disso, são 185 milhões de hectares - 40% da área aproveitável permanecem improdutivos. Camuflando os latifúndios e diluindo o caráter improdutivo sobre o conjunto dos imóveis, os grupos ruralistas mais conservadores conseguiram jogar para debaixo do tapete o fato de que a propriedade da terra continua representando um obstáculo ao pleno desenvolvimento da agricultura.

É com este disfarce que pretendem enfrentar a modernidade do mercado agrícola, que alcança atualmente uma dimensão internacional. Resta saber se estes mercados poderão conceder ainda ao latifúndio uma sobrevida, que lhe foi assegurada até o presente pelas forças políticas dominantes no interior do País. "

Lourival Máximo da Fonseca, 27, considerado um bom colhedor pelos companheiros. Corta 18 toneladas de cana queimada ou 8 de cana crua por dia.(reporterbrasil.org.br - Foto: Leonardo Sakamoto)

fonte: http://www.unicamp.br/aba/boletins/b27/04a.htm
http://www.geocities.com/reformagraria/estatter.htm
http://www.quediaehoje.net/

foto: vista do alto da Rocinha - Rio de Janeiro

quinta-feira, 15 de novembro de 2007

MALANDRO BERIMBAU

Do site Kibe Loko


Você pensa que tira a maior onda quando exibe fotos ousadas no Orkut?




Melhor pensar de novo...


sábado, 10 de novembro de 2007

Ave se enrosca em lixo na Lagoa da Pampulha


Vejam o que a falta de respeito ao patrimônio ambiental causa. Isto para não falar da falta de educação mesmo, jogar lixo nas ruas, lagoas, mares etc.

A água da Lagoa da Pampulha está esverdeada por causa da poluição.

Foto: Marcelo Prates/Hoje em Dia/AE

sexta-feira, 9 de novembro de 2007

CARTA ABERTA DO IBAP SOBRE A CONSTRUÇÃO DE UM PORTO NO MUNICÍPIO DE PERUÍBE

O INSTITUTO BRASILEIRO DE ADVOCACIA PÚBLICA - IBAP, associação formada por Procuradores do Estado e do Município, Advogados da União, Defensores Públicos, Advogados das Casas Legislativas e das Fundações Públicas, Autarquias, Empresas Públicas e Sociedades de Economia Mista de todo o país, vem manifestar publicamente sua preocupação com a notícia do projeto do empresário Eike Batista, de construção de um porto no Município de Peruíbe, no litoral sul do Estado de São Paulo.

A região escolhida abriga espaços territoriais especialmente protegidos em razão de sua relevância ecológica. O valor ambiental desse ecossistema é inestimável, dada a existência de vegetação primária da mata atlântica, restinga e sambaquis históricos. Os contribuintes do Estado de São Paulo há muitos anos vêm investindo vultosas somas, pela via das desapropriações judiciais dos imóveis localizados no perímetro das diversas unidades de conservação existentes nas proximidades, tais como a Estação Ecológica Juréia Itatins e o Parque Estadual da Serra do Mar.

Por outro lado, é de todos sabido que a região não conta com infraestrutura rodoviária ou ferroviária suficiente para o trânsito de mercadorias na hipótese de transformação daquele espaço em região portuária. Isto significa que a construção de um porto naquele município significará não apenas lesão aos cofres públicos (decorrente da desconsideraçã o de todos os investimentos havidos para a preservação integral dos ecossistemas) , mas gastos futuros com a construção de infraestrutura viária.

Não é demais ressaltar que se discute ainda a existência, na região, de população caiçara e povoamentos indígenas, cujo patrimônio cultural é protegido por lei e pela Constituição Federal. Pelo exposto, o IBAP pugna por que este megaprojeto, antes mesmo de análise rigorosa pelos órgãos de licenciamento ambiental, seja amplamente debatido pela Secretaria de Estado do Meio Ambiente, IBAMA, Capitania dos Portos, FUNAI e Procuradoria Geral do Estado de São Paulo, para avaliação de todos os impactos sociais, culturais e ambientais que dele poderão advir, em especial à luz dos gastos havidos pelos cofres públicos com a regularização fundiária das unidades de conservação da região, da existência de povoamentos indígenas e do patrimônio cultural existente, da Lei 9985/00, da Lei da Mata Atlântica, das Resoluções do CONAMA e demais normas aplicáveis ao caso em tela. Finalmente, o IBAP insta a sociedade civil - ONGs, universidades, partidos políticos, sindicatos - a participar ativamente da luta pela preservação da Mata Atlântica, da Serra do Mar e da Zona Costeira, espaços expressamente referidos na Constituição Federal e que se encontram no raio de influência de qualquer projeto portuário que se pretenda criar na região.

Elida Séguin
Presidente - Instituto Brasileiro de Advocacia Pública

quinta-feira, 27 de setembro de 2007

O Plástico saiu de moda

27/9/2007

O debate em torno do uso das sacolinhas de plástico-filme dos supermercados ganhou força nos últimos meses. O tema despertou o interesse da sociedade, demonstrando que existe interesse da população em adotar novas soluções no combate a essa verdadeira praga que infesta e contamina lixões e aterros sanitários pelo País. Projetos sugerindo a adoção de novas tecnologias para substituir o material utilizado pelos supermercados começaram a surgir em Assembléias Legislativas e Câmaras Municipais. E, acredite se quiser, até a milionária indústria do plástico se comprometeu a buscar soluções para amenizar o impacto desse composto sobre o ambiente.

As propostas variam, de acordo com o freguês. Os mais radicais defendem que o plástico seja simplesmente banido das gôndolas dos supermercados. Acreditam que a adoção dessa medida amenizaria a utilização desse material como depósito de lixo nas residências. Sem dúvida, seria a solução mais eficaz para resolver o problema, embora se apresente como a menos receptível por envolver uma mudança brusca de comportamento das pessoas. Seria um acontecimento sem precedentes no mundo.

Outra solução seria a substituição do plástico atual por compostos oxibiodegradáveis, que aceleram o processo de decomposição através de um aditivo adicionado durante o processo de produção do plástico-filme. Assim, ao invés de demorar centenas de anos para se decompor na Natureza, as sacolinhas desapareceriam em tempo bem menor, que poderia variar de acordo com o desejo do fabricante. Essa experiência já vem sendo adotada por várias redes de supermercado do País e do mundo, embora ainda não conte com o apoio dos governos. Em São Paulo, projeto de lei exigindo a adoção dessa tecnologia foi vetado recentemente pelo governador José Serra.

Para quem ainda está em dúvida sobre a melhor maneira de combater o plástico, surgiram recentemente propostas para incentivar a utilização de sacolas de pano em troca do plástico-filme. Algumas grifes, inclusive, já manifestaram interesse em colocar no mercado modelos que possam atender ao consumidor. Com design moderno, essas bolsas têm tudo para cair no gosto daqueles que se preocupam com a preservação do planeta. Gente bem informada, que sabe o mal que milhões de toneladas de plástico despejadas no ambiente anualmente poderão trazer às gerações futuras.

Quem não gosta nada dessa idéia são os grandes conglomerados que se dedicam a produzir plástico, um negócio que movimenta bilhões de reais. Para não ficar à deriva, essas empresas já se movimentam para produzir compostos mais resistentes, que possam ser reutilizados e que tenham valor de compra. Dessa forma, eles acreditam que poderia haver estímulo maior para que as pessoas se preocupassem com a reciclagem do plástico produzido, como ocorreu com o alumínio e o papelão.

Vou além. Particularmente, acredito que já está na hora de cobrar ações mais concretas dessas empresas. Já que têm interesse em manter a produção do plástico, elas também deveriam se responsabilizar com a coleta do material antes de ele ir parar no lixo doméstico, adotando métodos do que se convencionou chamar de logística reversa. Limpariam, assim, a sujeira que vem despejando no ambiente nas últimas décadas. Acho pouco provável que alguma dessas indústrias adote espontaneamente essa postura. Nesse caso, cabe ao Poder Público a elaboração de leis que possam apontar responsabilidades em torno desse tema de tamanha importância.

Seja qual for a solução, o importante é que as pessoas passaram a pensar duas vezes antes de levar uma sacolinha para casa. Da mesma forma, muitos comerciantes têm questionado o consumidor sobre a necessidade de colocarem a mercadoria nesse plástico. Espero que esse movimento não se restrinja ao calor da hora. Trata-se de uma discussão que está apenas no começo e que pode evoluir se os entes públicos realmente se mobilizarem para coibir a produção irresponsável de plástico-filme, que sai das gôndolas dos supermercados para nossas casas, onde vira depósito de lixo

Fonte: Idec

sexta-feira, 21 de setembro de 2007

Eleja os melhores parlamentares

Até 18 de novembro os internautas poderão votar nos melhores parlamentares de 2007, em eleição realizada pelo sítio http://www.congressoemfoco.com.br/. Clique aqui para ver a relação dos finalistas e votar. A lista é composta por 25 deputados e 16 senadores, pré-selecionados por 188 jornalistas que acompanham o dia-a-dia de Brasília.Segundo os profissionais de mídia, Chico Alencar é o segundo melhor colocado entre os 513 deputados federais. Além disso, todos os demais parlamentares do PSOL - Luciana Genro, Ivan Valente e José Nery - ficaram entre os 15 primeiros.
UM REINO PELA CPMF
Para garantir a aprovação da CPMF, em votação apertada nesta quarta-feira (19/9), o governo negociou cargos e liberou R$ 21 milhões em emendas parlamentares. Além disso, aceitou rolar dívidas rurais. O PSOL protocolou, nesta quinta-feira (20/09), quatro requerimentos de informação solicitando detalhes sobre audiências entre assessores diretos de Ministérios e deputados federais, ocorridas nos dias 18 e 19 de setembro. Leia o pronunciamento do Chico, que citou texto do jornalista Josias de Souza.

CPMF, DRU E GOVERNABILIDADE
O que precisamos, na área tributária, é de uma nova estrutura que garanta que quem venha a pagar impostos com mais rigor sejam os ricos e detentores de propriedades, especialmente na área rural, ao mesmo tempo em que pobres e assalariados venham a ter a sua respectiva carga tributária reduzida. Leia a íntegra do artigo do economista Paulo Passarinho.

PLANO DE ACELERAÇÃO DO CRETINISMO POLÍTICO
Os 40 senadores ocultos que absolveram Renan Calheiros, ajudados pelos seis que se abstiveram naquele sombrio julgamento, têm uma receita vitoriosa na política. Seu principal ingrediente é a precarização da cidadania. Induzido à apatia e ao mundo fechado das relações particulares, o brasileiro se distancia cada vez mais da esfera pública, da responsabilidade coletiva. Leia a íntegra do pronunciamento do Chico.

QUERO SABER COMO VOTA O MEU PARLAMENTAR
A situação atual do Parlamento é de distanciamento das vontades e necessidades legítimas da sociedade. Isso vem provocando um profundo desgaste na credibilidade do Congresso Nacional. A sociedade tem nutrido um sentimento de desconfiança com os seus representantes políticos levando a democracia representativa a uma crise aguda. Leia o manifesto da Frente Parlamentar pelo Fim do Voto aberto, lançada em Brasília no dia 18 de setembro.

ADIN CONTRA REGIMENTO INTERNO DO SENADO
O PSOL entrou com uma Ação Direta de Inconstitucionalida de (Adin) contra os artigos do regimento interno do Senado Federal que permitem a realização de sessões secretas para julgar a perda de mandato parlamentar. O documento foi entregue ao Supremo Tribunal Federal nesta terça-feira (18/9). Leia a íntegra do documento.

A BACIA DE PILATOS
O que envergonha mesmo é a recaida de membros do PT. São pecadores públicos contumazes. Já haviam antes enviado a ética nem sequer para o limbo mas diretamente para o inferno. Agora repetiram o ato pecaminoso. Por isso são desprezíveis como Pilatos. Leia o comentário do teólogo Leonardo Boff acerca da absolvição de Renan Calheiros.

ALVOS DA IRA
Não há nada nem ninguém que provoque mais ira e rejeição dentro do Congresso Nacional do que o chamado "parlamentar ético". No Senado, são basicamente cinco os alvos desse ódio: Pedro Simon, Eduardo Suplicy, Demóstenes Torres, Jarbas Vasconcelos e Jefferson Peres. Na Câmara, os de sempre: Fernando Gabeira, Raul Jungmann, Luciana Genro, Chico Alencar e agregados. Leia o artigo da jornalista Dora Kramer.

FEITOR DO CAPITALISMO CRUEL
O feitor mais eficaz, aquele que com mais desenvoltura acionava o chicote, era o ex-escravo. Mudou de lado e, por isso mesmo, está sempre obrigado a renovar as provas de sintonia fina com o senhor. O raciocínio, infelizmente, se aplica ao caso em pauta: o presidente mascate é um feitor do capitalismo cruel. Leia a íntegra do artigo do sociólogo Léo Lince.

NAS ASAS DO PODER
Chico Alencar protocolou requerimento de informações no Ministério da Defesa, nesta terça-feira (18/9), solicitando relatório detalhado sobre o transporte aéreo nas aeronaves da Força Aérea Brasileira - FAB e/ou do Comando da Aeronáutica por parlamentares e autoridades públicas - para fins particulares ou oficiais - no ano de 2007. O governo tem um mês para responder. Leia a íntegra do documento.

MINISTÉRIO DA SAÚDE SOB SUSPEITA
Chico entrou com requerimento de informações no Ministério da Saúde, nesta quinta-feira (20/9), sobre a desativação do Programa Multimistura, responsável pela queda da taxa de mortalidade infantil no país. A iniciativa estaria sendo desativada para abrir espaço para o Mucilon, da Nestlé. Leia a íntegra do documento.

SOBRE A ÚLTIMA INVESTIDA CONTRA O SOCIALISMO
Um espectro ronda a pós-modernidade: o pensamento único. Tudo o que escapa à sua lógica utilitária é uma desrazão. Apontar para outro argumento é "lavagem cerebral". Leia a íntegra do artigo de Sérgio Granja e Marcelo Fradim.

Fonte: Boletim Eletrônico do Deputado Chico Alencar

Óleos Soya e Liza deverão trazer símbolo de trangênicos no rótulo

Publicada em 20/09/2007

SÃO PAULO - Por determinação da Justiça de São Paulo, os óleos de soja Soya e Liza deverão trazer no rótulo a informação de que são transgênicos. As empresas fabricantes Bunge e Cargill, as maiores do país, têm 30 dias para se adequarem à decisão da 3ª Vara Cível do Tribunal de Justiça paulista, que acolheu ação civil pública proposta pelo Ministério Público do estado. Pelo decreto federal de rotulagem de 2003 e pela Lei de Biossegurança de 2005, os produtos que utilizam mais de 1% de matéria-prima geneticamente modificada devem trazer no rótulo o símbolo dos transgênicos: um triângulo amarelo com a letra "T". A ação civil pública foi proposta depois de uma denúncia de Greenpeace em outubro de 2005. Ativistas da organização não-governamental prepararam um dossiê que comprovava o uso de soja transgênica na elaboração desses produtos.
- Essa é uma grande vitória para todos os brasileiros - afirma Gabriela Vuolo, coordenadora da campanha de engenharia genética do Greenpeace Brasil. - A ação do MP garante o direito à informação dos consumidores. É vergonhoso que a Justiça precise forçar as empresas a cumprir a lei. Esperamos que esse caso sirva de exemplo para outras empresas que não respeitam os direitos dos seus consumidores.


Fonte: O Globo Online

Ambiente de trabalho: hábitos ruins causam problemas de saúde

20/9/2007
SÃO PAULO - Sinusites, rinites, amigdalite, bronquite, asmas e outras doenças podem ser desenvolvidas no ambiente de trabalho devido ao hábito de não fazer a manutenção do ar-condicionado, o que diminui o rendimento do trabalhador.Com as janelas fechadas e o ar condicionado funcionando de maneira inadequada, estes problemas podem se transformar em, por exemplo, uma infecção mais grave como pneumonia, que afasta o trabalhador por até uma semana.A falta de tempo, esquecimento ou desconhecimento do assunto não devem impedir que o responsável na empresa pelo equipamento faça a manutenção periódica. Dessa maneira, o ar-condicionado se transforma em um proliferador de doenças.VisãoOs hábitos no ambiente de trabalho podem fazer com que as pessoas desenvolvam doenças sérias, como as de visão, para quem passa muito tempo em frente ao computador."Os mais frequentes são dores de cabeça, irritação e vermelhidão na vista, sensações de ardor, tremor involuntário das pálpebras e o agravamento de visão em geral", disse o diretor do Eye Care Hospital dos Olhos, Renato Neves.PosturaSentar de qualquer jeito, ficar muito tempo em pé e a postura inadequada podem causar outros problemas de saúde. O correto é que mesas e cadeiras estejam ajustadas à altura do usuário, permitindo que a coluna permaneça ereta e que a pessoa não precise se curvar.O ideal é que o mobiliário tenha espaço livre para permitir o movimento das pernas. Os braços das cadeiras devem ter apoio para os cotovelos e altura adequada. O ambiente, por sua vez, deve ser claro, sem reflexos diretos no computador.

Fonte: Infomoney

quinta-feira, 13 de setembro de 2007

Carta aberta aos Senadores do PT

Com muito pesar observo as ações do Partido dos Trabalhadores diante da RAPINA que se desenvolve, a passos largos, neste nosso país de tantos excluídos.

Com muito pesar observo que os últimos baluartes da ética, como assim se identificavam os membros do PT, sucumbiram às benesses do Poder.

Já dizia o grande Lincoln: "se queres provar o caráter de um homem, dê-lhe Poder", ou ainda, "podes enganar todo mundo por algum tempo, podes enganar a alguns todo o tempo, mas não podes enganar a todos todo o tempo".

Sábias frases de um verdadeiro Democrata, de um homem que viveu para o ideal de liberdade. Incrível que a história política contemporânea está parada no Século XX e pior, até a década de 80 deste século, pois o que veio depois foi uma enxurrada de escândalos e de boicote à República, perpetrado por aqueles que imaginam que o Poder Público serve, tão somente, para encher os seus bolsos com dinheiro.

Dinheiro que deveria ser gasto com saúde, educação, habitação, transporte etc. Parece que estou falando de uma plataforma política de um partido que surgiu no final do período da Ditadura Militar e que levou trinta anos para chegar ao Poder e uma vez lá, sofreu de uma amnésia, ou talvez, quem sabe, seus membros sofram do Mal de Alzheimer. De toda forma, um partido, hoje, doente e incapaz de fazer a autocrítica e corrigir seu rumo.

Sim, doente, porque seus membros ficaram doentes pelo Poder. Quem algum dia imaginaria que o aliado de primeira hora do Fernando Collor de Melo seria, hoje, o blindado pelo partido que liderou o movimento de impedimento deste mesmo Collor. Como diz alguém, coisas da política.

Eu digo, coisas da política, com letra minúscula. Coisas da política daqueles que nada conhecem de política, que jamais leram Platão, Aristóteles, Marx, Bakunin, para dar alguns exemplos de Teoria Política, de Política (com letra maiúscula), não esta politicagem rasteira que tomou conta do país, e pior, do PT (Partido dos Traidores).

E aí, temos o brado do Lula de que ninguém neste país pode falar mais de ética do que o PT. Por favor, menos, menos, muito menos, quase nada (como diz o povo).

A Ética (com maiúscula) não é, hoje, uma máxima do PT, que se rendeu à política dos coronéis que tanto combateu, mas quando era pedra, hoje é telhado de vidro.

Quem pode falar de ética com dinheiro nas cuecas? Se vocês se esqueceram, nós não. Continuem mantendo, à mingua, os incautos nordestinos, com esta migalha de Bolsa Família. Continuem mantendo, à mingua, os incautos nordestinos, sem dar-lhes escola para que se informem e formem uma consciência crítica, pois, se isto ocorrer, com certeza, perderão os preciosos votos que alçaram o Lula ao segundo mandato. Falo como uma ex-eleitora dele. Não repeti a burrice e jamais repetirei. Mas, com certeza, vocês nem se importam, porque as vantagens do Poder que usufruem são muito boas para ficarem preocupados com estas pequenices de Ética e Moral (coisas de classe média, vocês, agora, são elite). Sim, são a elite que o Lula faz questão de atacar, mas a quem beneficia diariamente com seu governo (governo com minúscula mesmo).

Então ficamos combinados assim. Podem roubar à vontade, TODOS. Aí justificam que as despesas foram pagas com dinheiro "próprio" (que é aquele que é pago a título de indenização por despesas pagas, portanto, não é remuneração e não pode ser incorporado como se salário fosse). Tá limpo, desde que aumentem, ainda, sem concurso público, os funcionários públicos que serão obrigados a se filiar ao PT, se já não o forem, e aí o partido consegue pagar sua dívida com o dízimo que entrará destes novos servidores que, com certeza, pagarão felizes, enquanto professores ganham menos de 10% do salário de vocês Senadores da ex-República.

Vamos ficar por aqui, porque o Rosário é longo e não temos mais tempo.

terça-feira, 11 de setembro de 2007

Caminhão explode e abre cratera em rodovia mexicana

Explosão aconteceu depois de um acidente de trânsito. Incidente formou bola de fogo que matou dezenas de pessoas.



Operários conversam às margens de uma enorme cratera, formada depois que um caminhão carregado com fertilizantes químicos explodiu, durante um acidente de trânsito, perto da cidade de Nadadores, no norte do estado de Coahuila, no México, nesta segunda-feira (10). A explosão criou uma bola de fogo que matou dezenas de pessoas (Foto: Tomas Bravo/Reuters)

Fonte: G1 11/09/2007 - 00h26

segunda-feira, 10 de setembro de 2007

Foie Gras ( Patê de Ganso): Como se faz

Praticamente todos nós já fomos à uma festa, reunião, restaurante ou rodízio onde há vários tipos de comida, e comemos mais do que devíamos. E deve ter resultado em uma sensação bem desconfortável.

Agora suponhamos que o anfitrião ou o garçom nos obrigasse a ingerir ainda mais comida, até que começasse a doer. E como se já não fosse o bastante, ele ou ela nos forçasse a comer mais.
Tentemos imaginar essa sensação e então consideremos que isso aconteceria ao acordar, no almoço e no jantar, todos os dias. Nós viveríamos em um estado de tortura e dor constantes.
Se tentarmos imaginar essa dor e sofrimento, então chegaremos perto de compreender a agonia pela qual passam aproximadamente 10 milhões de gansos e patos a cada ano, antes de serem mortos para satisfazer os paladares "refinados" dos seres humanos que consomem 16.800 toneladas de seus fígados em todo o mundo (em 1998). A França é a maior produtora com quase 80%; depois vem a Hungria, Espanha, Israel e outros países como EUA, Bélgica, Bulgária e Romênia produzindo o restante. (www.vegetarianismo.com.br/artigos/ganso.htm).
Poucas pessoas sabem o que se passa por trás deste alimento tão caro e requintado. O foie gras (foie – fígado, gras – gordura), ou patê de fígado de ganso , é na verdade o resultado de uma prática desumana, que mostra a que ponto a crueldade do homem pode chegar. Os inocentes patos e gansos, a quem os fígados em questão pertencem, são submetidos a um processo que pode ser melhor classificado como tortura, com o objetivo de tornar seus fígados anormalmente engrandecidos e doentes, para que então alguns poucos possam saborear o resultado desta arte grotesca.


A criação parece ser uma como outra qualquer durante os primeiros quatro meses de vida dos animais. É então que eles são levados para as pequenas gaiolas que serão suas acomodações durante as próximas e últimas semanas de sua curta vida. Um espaço de um metro por dois metros pode acomodar até doze animais. O motivo do confinamento é evitar que a ave se movimente, o que certamente seria um desperdício para o criador, pois sua intenção não é que o pássaro utilize o alimento que lhe está sendo dado para gastar energia com coisas tão fúteis como poder ao menos esticar suas asas ou dar um passo, mas sim que este alimento seja armazenado no organismo do animal na forma de gordura.


Outra "vantagem" do confinamento é que o manuseio dos animais é facilitado.
A alimentação dos animais é composta basicamente por carboidratos (maizena), adicionada de gordura de porco ou ganso para amolecer. Esta é uma dieta bastante desequilibrada para as necessidades das aves, visto que importantes nutrientes não estão sendo consumidos. Para fazer com que os animais consumam cerca de três quilos desta ração por dia, o que equivaleria a um humano consumir doze quilos e meio de macarrão por dia, é necessário utilizar uma técnica muito especial.


A ave é segura é entre as pernas do manipulador com seu pescoço estendido, permitindo a inserção de um grosso tubo de metal que chega a medir quarenta centímetros em comprimento. Estando a cabeça presa por uma peça de metal, um motor força o alimento (cerca de um quilo) garganta abaixo, levando-o ao pequeno estômago da ave. Alguns criadores utilizam-se de elásticos que são colocados em torno do pescoço para prevenir que a ave vomite o alimento. Esta tortura se repete três vezes ao dia durante um período de três a quatro semanas. É claro que o animal não considera esta forma de ser "alimentado" muito agradável. Durante o processo, as aves tentam escapar de forma frenética e não olham outra ave sendo alimentada, o que pouco lembra um ambiente natural, onde qualquer ave corre em direção a um alimento que lhes é oferecido ou atirado.


Como resultado, as aves sofrem de variados problemas de saúde, como disfunções cardíacas, intestinais e rompimento das membranas celulares hepáticas. Muitos tornam-se incapazes de andar ou até mesmo ficar em pé. A introdução do tubo pode machucar o esôfago e causar deformidades nos bicos. Na verdade, foie gras não passa de uma doença do fígado voluntariamente produzida em animais inocentes. O fígado dos animais submetidos a este processo não são exatamente saudáveis. A coloração normal do fígado é avermelhada e pesa cerca de 120 gramas. O fígado consumido por aqueles que apreciam tal atrocidade é amarelo e lustroso, de aparência gordurosa, e pode pesar até 1.300 gramas, mais de dez vezes o peso normal.


O fígado à esquerda é de tamanho normal. O da direita é o resultado da alimentação forçada. Até na cor ele é doentio. (www.vegetarianismo.com.br/artigos/ganso.htm).

Além disto, um "bom" foie gras deve ter as marcas deixadas pela pressão que as costelas exercem contra o fígado visíveis no órgão, garantindo assim que o animal sentiu imensa dor durante os últimos dias de sua breve vida. A ave é abatida no mesmo local onde é criada, visto que esta provavelmente não sobreviveria ao transporte. Quando o fígado, estômago e intestinos são removidos, vê-se que o espaço por estes ocupado era muito maior que aquele planejado pela natureza, pressionando o coração e os pulmões e dificultando assim a respiração.


Trazendo 85% de suas calorias na forma de lipídios, em sua maioria gorduras saturadas (ácido palmítico, o foie gras não é um alimento saudável. Portanto, seu consumo, além de causar imenso sofrimento a animais inocentes e indefesos, também não é a melhor opção mesmo para aqueles mais indiferentes ao sofrimento alheio. O pior é que nossos frangos do dia a dia não estão tão longe dessa realidade .