quarta-feira, 18 de julho de 2007

Ia falar sobre as vaias, mas...

Ia falar sobre as vaias que atordoaram o Presidente Lula, na sexta-feira, na abertura dos jogos Pan-Americanos, no Estádio do Maracanã, no Rio de Janeiro, mas...

A crônica de uma morte anunciada.

Há dez meses, o país viu, perplexo, a sua maior tragédia aérea. Foram mais de 150 mortos no acidente que até hoje está se explicação. Uns apontam os pilotos norte-americanos do jato Legacy como os responsáveis, outros apontam os controladores de vôo da Aeronáutica, outros apontam para a falha do Transponder. O fato é que não se chegou a uma conclusão.

A CPI que foi instaurada para apurar a tragédia encontrou nos pilotos do Legacy os verdadeiros responsáveis, na medida em que desligaram o Transponder do avião. O fato é que se esta tragédia tivesse ocorrido nos EUA e os pilotos do jato fossem brasileiros, estariam presos, até hoje, até mesmo em Guantanamo. Lamentavelmente, estes pilotos foram liberados e retornaram aos EUA e JAMAIS VOLTARÃO AO BRASIL.

Hoje, amargamos uma tragédia ainda maior. Só no avião foram 186

mortos, soma-se a estes os que estavam nas dependências do terminal da TAM. Quantos mais precisarão perder as suas vidas para que o Governo tome uma atitude efetiva para o transporte aéreo?

O Governo é o principal responsável por estas tragédias. Não investe em infra-estrutura e agora quer aprovar projetos, a "toque-de-caixa", ignorando a legislação ambiental, para poder compensar tudo o que não foi feito nos primeiros quatro anos em que Lula esteve a frente da Presidência da República. Todavia, isto não exime nenhum outro responsável, como a companhia aérea, a INFRAERO etc.

Soma-se à tragédia as condições precárias em que trabalham os controladores de vôo, a prática abusiva perpetrada pelas companhias aéreas do chamado "overbooking", ou seja, vender mais passagens do que assentos nos aéreos para compensar as perdas financeiras com as desistências de última hora. Lembramos que nestes casos a legislação assegura à empresa a retenção de um percentual a título de prejuízo.

Mas...



fotos: Everton de Freitas/Reuters; Paulo Whitaker/Reuters eRickey Rogers/Reuters

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