quarta-feira, 23 de maio de 2007

E a guerra no Rio continua...

O crescimento desordenado da cidade do Rio de Janeiro, o crescimento das desigualdades sociais, a falta de políticas públicas para a geração de renda, educação, saúde e habiação não poderíam ter outra consequência do que o aumento da marginalidade, associada ao crescimento do tráfico de drogas na cidade, cujos sucessivos governos deixaram agir livremente.
Armaram as favelas fazendo reféns seus moradores, que por falta de alternativa, têm que se submeter às condições sub-humanas deste tipo de moradia.

E lá se vão quarenta anos desde que a cidade teve um governo que se preocupou, efetivamente, com o urbanismo, planejando o seu crescimento e impedindo o crescimento das favelas. Infelizmente não conheci esta época. Mas, relatos dão conta de que a cidade era limpa e organizada. depois disto, as intervenções urbanas foram meras maquiagens na Zona Sul e em alguns pontos da Zona Norte e Oeste. O fato é que, principalmente a partir do final dos anos 80, do século passado, os sucessivos prefeitos deixaram as favelas crescerem livremente. A lógica era a de que geravam votos.

A Rocinha já está tomando o outro lado do morro, num crescimento contrário, agora está descendo. Já chegou ao topo do morro e agora desce para o lado da Gávea. E já está enorme!

O Complexo do Alemão já tomou conta de cinco bairros da cidade: Ramos, Olaria, Inhaúma, Bonsucesso e Penha. Possui 65 mil habitantes e reúne 13 favelas (Morro Alemão, Grota, Nova Brasília, Alvorada, Alto Florestal, Itararé, Morro Baiana, Morro Mineiro, Morro da Esperança, Joaquim de Queiroz, Cruzeiro, Morro das Palmeiras e Morro do Adeus).

Do mesmo modo que a Rocinha, o Complexo do Alemão é hoje um bairro. Foi em 1993. Mais uma vez temos os critérios urbanos reduzidos a praticamente zero. Você considera que isto é um bairro?

Recente matéria da Revista Época (21/05/2007) mostra que a população das favelas no Rio de Janeiro cresceu 11,5% nos últimos 10 anos. A cidade possui, hoje, cerca de 18,9% da população habitando em favelas. É o meio que encontraram para fugir da miséria no Nordeste do país, castigado pela seca, pelos coronéis e pela corrupção (o recente escandalo que desencadeado pela Operação Navalha mostrou a corrupção em Estados desta região do país).

Como inexiste uma política habitacional, os migrantes e os que já estão aqui há algum tempo optam por invadir áreas e construir suas casas na favelas, pois seungo afirmam:''As casas são mais baratas. E, como a maioria dos moradores não paga luz, água nem imposto, o dinheiro é gasto em outras coisas. Hoje tenho TV, vídeo, geladeira e telefone. É difícil encontrar na comunidade quem não tenha esses produtos'', explica um morador entrevistado pela reportagem da revista.

Desde o dia 1º de maio a polícia vem travando uma guerra contra os traficantes do Complexo do Alemão, numa tentativa de sufocar a "tesouraria" do tráfico. Tem havido um tiroteio intenso.

Estamos em guerra! A cidade que um dia foi chamada de cidade maravilhosa agora amarga uma longa e cruel guerra entre polícia e traficantes, onde, como sempre as vítimas são inocentes.

Depois de terem deixado a situação chegar ao ponto em que está, vamos ver ainda muitas mortes.

O Rio de Janeiro não continua lindo!

Um comentário:

Anônimo disse...

Favela...lugar que vai muito dinheiro do governo federal e ta aí essa cidade inchada de favelas que alis naum tem mais solução,alias carioca gosta de mostrar pra turista essa mediocridade foco de droga poluiçao,roubo de luz agua telefone tv a cabo tudo de ruim ta ali e o governo estadual só bate palmas e o trafico ta amil parabens Rio se ta lindo na foto